Taça de Portugal 14/15 - 3ª Eliminatória - FC Porto x Sporting


Depois de uma semana de declarações ridiculas por parte do presidente do clube adversário, de videos cómicos que por aí circulavam com a hashtag #vocêssabemlá, mais do que nunca o Porto precisava de dar uma resposta categórica dentro de campo

Na procura desse objetivo, Lopetegui voltou a mexer na equipa e entrou em campo num 4-4-2, composto por Fernandez;Danilo;Maicon;Marcano;Ángel;Quintero;Casemiro; Herrera; Oliver; Adrián e Jackson. Perante um rival e num jogo que ditava a continuação ou eliminação de uma competição importante como a taça de Portugal, o treinador espanhol voltou a rodar os jogadores e se isso até tem feito algum sentido na maioria dos jogos, hoje é no minimo estranho não jogar com os melhores. Numa equipa onde o meio campo é composto por Herrera e Casemiro fica logo mais complicada a tarefa a nivel ofensivo, porque o mexicano é o que todos sabem e Casemiro tem revelado dificuldades inesperadas neste capitulo de jogo, isto aconteceu com dois médios de grande qualidade deslocados na linha.

O Sporting sem deslumbrar e sem estar a fazer um grande jogo, acabou por chegar ao golo na sequência de um auto-golo de Marcano, a verdade é que os homens de verde entraram melhor no jogo, e criaram oportunidades de perigo, o Porto respondeu, mas nunca demonstrou competência e o golo apesar de ter surgido numa altura equilibrada, premiou a equipa mais equilibrada coletivamente. Os pupilos de Lopetegui acabaram por empatar depois de um passe magistral de Quintero, que diga-se foi mais uma vez um dos melhores em campo, e um trabalho excelente de Jackson que depois de uma grande receção picou a bola sobre Patricio. Apesar disso o empate durou pouco, depois de um passe mal conseguido de Casemiro, que fez um jogo horrível e que demonstrou o quão injusta foi a decisão de o preferir a ele em vez de Ruben Neves.

Ao intervalo, Lopetegui fez uma dupla alteração, colocou em campo Tello e retirou Oliver e trocou Casemiro por Rube Neves. Mais uma vez é dificil de perceber o que leva alguém a deixar Herrera em campo, que demonstra a cada jogo que passa a sua incompetência em todos os momentos do jogo, a justificação para a sua utilização é normalmente a consistência defensiva, mas a verdade é que defensivamente é também fraco, não tendo qualquer noção posicional, e retirar Oliver de campo. O espanhol é superior em todos os aspetos do jogo ao mexicano, muito mais evoluido tecnicamente, mais criativo e também muito melhor defensivamente.

Na segunda parte esperava-se um Porto sufocante, que dominasse e não deixasse o Sporting respirar, no entanto isso esteve longe de acontecer. Apesar de a equipa ter falhado um penalty, a verdade é que os verdes e brancos controlaram o jogo na maior parte do tempo, podiam não estar por cima, mas estiveram sempre confortáveis e conseguiram mesmo chegar ao 3-1 no final do jogo.
Muita coisa não está bem neste Porto, perante um dos melhores planteis dos ultimos anos e provavelmente o melhor plantel em Portugal, a equipa coletivamente é fraca, a pior dos 3 grandes a nivel coletivo e a melhor a nivel individual. Ainda hoje isso foi visivel, perante um Sporting que tem apenas em Nani e William Carvalho dois elementos de grande valia e que são jogadores para outros clubes, o Porto foi inferior.

A equipa comete erros na saída de bola e é facilmente pressionável, em grande parte devido à forma como Lopetegui pretende sair, não porque quer sair com bola controlada, isso é de salutar, mas porque o faz de um forma que faz muito pouco sentido, com os extremos muito abertos, os laterais baixos, os centrais sem liberdade para progredir, com um médio a baixar e os outros estáticos. A nivel ofensivo tudo depende das individualidades, não há jogo interior, não há linhas de passe disponiveis.

E a estes problemas que já eram visiveis desde o inico da época junta-se a incompetência defensiva, que era pouco percetivel inicialmente talvez pela pouca valia dos adversários, no entanto, o Porto está longe de ser eficaz na pressão e desposiciona-se com uma facilidade incrivel, sendo facilimo apanhar a equipa em contra-atque ou encontrar espaço entre o meio campo e linha defensiva.


É fundamental Terça-Feira responder de forma positiva a este desaire, é possivel continuar acreditar porque o plantel é de grande qualidade apesar de toda a incompetência tática que tem sido visivel.

André Lobo (colaborador)


Resumo



 
1ª Parte

2ª Parte




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