Champions 14/15 - Playoff, 1ª Mão - Lille x FC Porto

quarta-feira, 20 de agosto de 2014



Estreia na Champions, e o Porto não vacilou num dos jogos mais importantes da temporada. Perante o 3º classificado da transacta Liga Francesa, com alguns bons valores individuais e com um ambiente ensurdecedor, Lopetegui surpreendeu no 11 inicial, apostando simultaneamente em Brahimi e Óliver para as alas, protegidos por um meio-campo combativo.

A estratégia pretendia, por um lado, fazer frente aos “tractores” do Lille através da quantidade de médios, e, por outro, impedir que os franceses aproveitassem as suas melhores armas. E funcionou. Além da excelente agressividade e reacção à perda de bola, que começam a ser características deste Porto, vimos também uma grande gestão da posse de bola (serve como prova os 70% que tivemos à passagem da meia-hora), quer em terrenos mais recuados, quer no meio-campo, impedindo assim o Lille de jogar o seu jogo, de ter espaços e de chegar sequer perto do golo. A única oportunidade que lhes foi concedida surgiu através de um erro individual, numa má abordagem do Maicon; de resto, o Porto fez defensivamente uma 1ª parte muito competente. 

Ainda assim, a “paga” disto, como se percebe, foi a (praticamente) inexistente produtividade ofensiva, pela falta de velocidade e profundidade, além de uns últimos 10 ou 15 minutos terríveis, que o Porto deu a ideia de estar a perder o controlo emocional, só querendo despachar a bola.
Na 2ª parte, felizmente, a atitude foi outra e a equipa entrou muito bem, não sendo portanto de espantar o golo apontado, com Rúben e Tello em evidência. A partir daí, o Porto partiu o jogo e a qualidade do seu futebol decresceu consideravelmente, vendo-se em demasia passes longos à procura de Jackson, jogadas apressadas ou jogadores sem apoios próximos. O Lille foi conquistando alguns ataques, mas até final aguentamos o resultado com poucos sobressaltos.


Individualmente, destacar o recordista Ruben Neves, naturalmente, que soma características de 6, 8 e 10 e que não se deixa impressionar por um jogo de Champions de pressão altíssima. Peanuts! Pena ainda não ter pernas para o jogo todo, mas quando está em campo, é sempre dos melhores em campo. Bravo, Rúben.

Nota muito positiva para o Alex Sandro, que defensivamente foi de topo, saindo também da pressão adversária sem grandes dificuldades; para o Maicon, que teve a “mancha” em cima referida, mas fora isso foi uma muralha; e para o Oliver, que me fascina por ser um criativo com uma capacidade de trabalho e de pressing incrível o jogo todo, não é muito habitual em jogadores desse perfil (sobretudo com aquela idade). Gostei também de alguma verticalidade do Casemiro, traços gerais fez um bom jogo; da entrada do Tello, que vai merecendo cada vez mais a titularidade; e da exibição de Jackson, que apesar de não ter marcado, foi sempre muito solidário, ajudando quer a defender, quer a construir, como é seu apanágio, e foi ainda a referência quando o jogo esteve mais partido. 


Negativamente, apenas o Herrera, que apesar do golo foi mais do mesmo; e o próprio Brahimi, que não se soltou muito da bola, teve uma séries de más decisões em campo e saiu sem dar nas vistas. 



Nota também para o Quaresma, a quem se pede uma atitude diferente quando se entra em campo para se segurar um resultado da Champions. Percebo que seja chato jogar “para aquecer”, 5 minutos não são nada; na minha opinião, até deveria ter entrado bem mais cedo - se era para se estar com o jogo partido, só o beneficiava. Mas isso não é desculpa, mais ainda se tivermos em conta que é um dos Capitães e um dos jogadores mais experientes do grupo – entrar e praticamente não correr, não segurar bolas, a primeira acção ser uma falta relativamente perigosa, cometida de forma displicente… Quem entra nestas circunstâncias tem de deixar a vida em campo – por mais frustrante que seja, a equipa tem de estar em 1º lugar. O Lopetegui certamente já conhece a mentalidade do Quaresma, para mim fez pouco sentido a sua entrada naquelas específicas condições de jogo; para isso mais valia ter entrado o Ricardo…



Em suma, colectivamente foi mais um jogo qb, numa partida que se antevia difícil e que não mostrou todo o futebol do Porto pela equipa titular escolhida. As opções do treinador podem ser criticadas ou aplaudidas - querer-se mais correndo o risco, ou saber jogar pelo seguro; certo é que o Porto sai de França com uma vitória por 1-0, magra mas sempre com peso nos jogos a matar.

Daniel Novo (colaborador fcportovideos)
 



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